segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MANHÃS DE JULHO

Oh, frias Manhãs de Julho:
Das trincheiras tão distantes,
Onde ao toque do clarim,
Os soldados confiantes,
À luta disseram sim!

Oh, frias Manhãs de Julho:
Manto cinza da saudade,
Da mãe abraçando o filho,
Com tamanha ansiedade
Mas certa de seu auxílio!

Oh, firas Manhãs de Julho:
Do fogo traiçoeiro,
Da tortura da nação
Que, num passo derradeiro,
Pôs fim à simulação!

Oh, frias Manhãs de Julho:
Da alma plena de esperança
Ante a pouca munição,
Mas com fé e confiança
Foram contra a traição!

Oh, frias Manhãs de Julho:
De São Paulo pioneiro
Que, sem temor, deu o grito
Num chamado alvissareiro,
Que ecoou pelo infinito!

Oh, frias Manhãs de Julho:
De um passado glorioso,
Onde a nossa juventude,
Com ímpeto virtuoso,
Ao país, deu magnitude!

(Inspirado no poema Amanhã de Paulo Bonfim). 

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